George Cleber, conhecido como Binho Cultura, fala sobre as políticas públicas para cultura no estado do Rio de Janeiro em entrevista concedida à equipe do Plano Estadual de Cultura. Binho, formado em Ciências Sociais, é gestor do Centro Cultural A História Que Eu Conto, Ponto de Cultura que atende o Complexo de Vila Aliança e Senador Camará, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Articulado junto às secretarias de educação e cultura, o centro cultural fundado por Binho, Samuca e Jeferson Cora oferece à comunidade oficinas de artes, exposições e a Biblioteca Quilombo dos Poetas.
Durante a entrevista, Binho falou sobre a política dos Pontos de Cultura e a ocupação cultural como iniciativas bem sucedidas que deveriam ser fomentadas e cada vez mais valorizadas no estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, a sociedade civil organizada dialogando com os poderes público e privado faz valer seus direitos sem perder sua identidade – como é o caso dos grupos que, não tendo como bancar uma sede própria, se utilizam da ocupação cultural de espaços obsoletos, agregando a eles arte e cultura. Para Binho, é necessário potencializar os agentes culturais como empreendedores: “o trabalho artístico de qualidade já temos. Agora o que precisamos é deixar de ser apenas um abre-alas para protagonizar”.
Binho defende, principalmente, a importância da sustentabilidade em seus empreendimentos culturais e coloca sua visão em relação ao empreendedorismo e à economia criativa, quando cita as iniciativas culturais bem sucedidas no estado do Rio de Janeiro. Para o cientista social, é preciso fazer com que a cultura dialogue mais com outros setores como, além da educação, a assistência social e o saber popular. Ele julga necessário valorizar mais o “fazedor” de cultura, aquele que vive disso e para isso – a maior potencialidade do estado do Rio de Janeiro é, afinal, o próprio cidadão fluminense.
Fte: Cultura.rj
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