O Centro Cultural A História Que Eu Conto, encontrou uma solução para o coco verde, que representa 60% do lixo da orla carioca. Confira matéria feita pelo Jornal Extra sobre esta arte.
"O Centro Cultural A História Que Eu Conto, na Vila Aliança, em Senador Camará, usa a casca de coco para fazer vasos de planta decorados, uma opção de renda para a comunidade e de reaproveitamento do lixo. Enquanto a prefeitura quer se livrar das cascas - a venda do coco nas praias do Rio chegou a ser proibida um tempo, justamente por causa do volume recolhido diariamente na orla - A Ong sugere uma coleta seletiva do coco e o repasse do material para várias partes do Rio.
O coco começou a ser usado para fazer artesanato pela ONG em 2009. O presidente do Centro Cultural, o artesão George Cléber, o Binho, procurava um suporte para que as crianças da comunidade pudessem levar consigo as mudas plantadas durante a colônia de férias. "via o excedente de coco da barraca do Seu Raimundo, aqui do lado, e pensava que poderíamos fazer alguma coisa. Então, comecei a pesquisar - conta Binho. - Um dia, ao abrir um coco, achei que poderia servir como vaso de planta. Fiz vários testes e deu certo."
O resultado agradou tanto que a aula de artesanato com coco verde foi incluída no módulo de educação ambiental de todos os cursos da ONG (Projeto Mão na terra).
O resultado agradou tanto que a aula de artesanato com coco verde foi incluída no módulo de educação ambiental de todos os cursos da ONG (Projeto Mão na terra).
Casca leva 8 anos para se decompor
Zé Lixão conheceu o trabalho do Centro cultural e aprovou a atitude ambiental das crianças. Apesar de natural, a casca de coco verde é um material de difícil degradação. Ela demora de 8 a 12 anos para se decompor no meio ambiente. Por isso, o consumo de água de coco se converteu em um problema ambiental para as grandes cidades.
Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, o consumo de água de coco gera 6,7 milhões de toneladas de casca por ano no Brasil.
- As cascas de coco são volumosas e causam impacto nos aterros sanitários, diminuindo a vida útil dos lixões. Além disso, são focos para a proliferação de doenças, como a dengue - explica o agropecuarista e professor de educação ambiental da ONG, Bartolomeu Barboza de Jesus Júnior..."
Fonte: Jornal Extra
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